Na noite de ontem no evento “Arte e novas espacialidades: relações contemporâneas”, tivemos às 18:30 a exibição do vídeo “Moscow X” de Ken Kobland (1993) seguidos dos comentários da professora da Escola de Arquitetura da UFMG Renata Marquez.
Os comentários orbitaram em torno de alguns temas como a evidenciação das relações espaço temporais e de um certo modo de operação que faz do vídeo de Kobland uma espécie de travelogue ou um guia de viagem, em alguns momentos bastante hipnótico, que nos conduz pela cidade de Moscou em 1990, durante o calor dos acontecimentos em torno da queda do regime comunista.
Segundo Marquez, Kobland nos oferece uma coleção de fragmentos espaço-temporais da história recente da Rússia que nos permitem construir na imaginação a cidade de Moscow a partir dessas poucas imagens e longe das visões mais estereotipadas, como nos cartões postais. Kobland escreve na tela o dia e o local que ele vai mostrar, como um diário. Cada data corresponde a um lugar diferente, reforçando a idéia da indissociabilidade do espaço tempo.
Na palestra "Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da des-territorialização contemporânea” o geógrafo da UFF Rogério Haesbaert nos mostrou a complexificação das relações espaço temporais na contemporaneidade e desenvolveu a idéia de contenção territorial explicitando as situações de poder em torno da configuração dos territórios. Não apenas o poder de Estado, mas todo o poder que surge nas mais diversas relações sociais. Haesbaert chamou atenção, com isso, para a dimensão relacional do território, assim como para a multiterritorialidade zonal e em rede que experimentamos hoje.
Os comentários orbitaram em torno de alguns temas como a evidenciação das relações espaço temporais e de um certo modo de operação que faz do vídeo de Kobland uma espécie de travelogue ou um guia de viagem, em alguns momentos bastante hipnótico, que nos conduz pela cidade de Moscou em 1990, durante o calor dos acontecimentos em torno da queda do regime comunista.
Segundo Marquez, Kobland nos oferece uma coleção de fragmentos espaço-temporais da história recente da Rússia que nos permitem construir na imaginação a cidade de Moscow a partir dessas poucas imagens e longe das visões mais estereotipadas, como nos cartões postais. Kobland escreve na tela o dia e o local que ele vai mostrar, como um diário. Cada data corresponde a um lugar diferente, reforçando a idéia da indissociabilidade do espaço tempo.
Na palestra "Da multiterritorialidade aos novos muros: paradoxos da des-territorialização contemporânea” o geógrafo da UFF Rogério Haesbaert nos mostrou a complexificação das relações espaço temporais na contemporaneidade e desenvolveu a idéia de contenção territorial explicitando as situações de poder em torno da configuração dos territórios. Não apenas o poder de Estado, mas todo o poder que surge nas mais diversas relações sociais. Haesbaert chamou atenção, com isso, para a dimensão relacional do território, assim como para a multiterritorialidade zonal e em rede que experimentamos hoje.
Segundo Haesbaert, a situação de contenção territorial abriga também a contenção social da massa de excluídos e isso pode ser percebido nos inúmeros muros que surgem nas fronteiras de diversos países do mundo, assim como nas favelas de algumas cidades brasileiras, criando formas de contenção. Haesbaert para sua explanação recorreu as reflexões de Foucault, Deleuze, Guattari e Agamben, entre outros.
Em breve publicaremos trechos dos comentários de Renata Marquez, alguns fragmentos da palestra de Haesbaert e fotos!
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